Monday, January 24, 2011
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Um blogue sobre Paredes, escrito por um (cada-vez-menos-)paredense exilado na capital.
Deve ser o último tempo A chuva definitiva sobre o último animal nos pastos O cadáver onde a aranha decide o círculo. Deve ser o último degrau na escada de Jacob E último sonho nele Deve ser-lhe a última dor no quadril. Deve ser o mendigo à minha porta E a casa posta à venda. Devo ser o chão que me recebe E a árvore que me planta. Em silêncio e devagar no escuro Deve ser a véspera.Devo ser o sal Voltado para trás. Ou a pergunta na hora de partir. Daniel Faria de Explicação das Árvores e de Outros Animais, 1998 |
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